Desperto , a brisa fresca da Arrábida entra-me pela janela e causa-me arrepios. Abro os olhos e já não estás ao meu lado, procuro-te na cama e não te encontro. Onde estás?
Só o silêncio me responde.
Levanto-me e apetece-me algo que me aqueça. Resolvo fazer um chocolate bem quente para bebermos juntos aconchegadinhos um no outro, a sentir esta aragem que envolve a manhã e nos envolve.
Derreto o chocolate… espero… não chegas, esta espera enlouquece-me, o aroma do chocolate quente inebria-me, deixa-me as ideias a ferver, o corpo escalda-me, a brisa que me toca, dá-me choques de tortura e prazer…
Fecho os olhos, lembro-te…
Já tenho a calda de chocolate espalhada pelo corpo, todo sem excepção, já sinto a tua boca cheia de gula, a língua macia a percorrer a devorar todo o chocolate, a deliciar-se no meu corpo.
Sinto-me em chamas.
Espero-te.
A porta está entreaberta, não demores…
Chegas, gelado pelo frio que se sente lá fora, molhado pela chuva fininha que começou a cair.
Olhas-me com esses olhos malandros que me percorrem o corpo a pingar de chocolate, e esta visão deixa-te em fogo.
Queres?
Vem...
Serve-te!
Eu quero.
Quero abrir-me para ti
Quero um lugar para me apoiar, descer e empinar.
Quero sentir a entrada da cabeça do teu mastro...
Quero apoiar-me na parede para não cair entre tantos gozos.
Quero porque tenho a certeza de que quando me abrir para ti, tu não irás recusar.
Eu indefesa
nas tuas mãos
Os meus seios
são o teu desejo
A entrega é total e absoluta
A tua saciedade
é o meu prazer
Para enfrentar a desleal concorrência dos vibradores, um cientista português desenvolveu uma técnica de implante de baterias alcalinas que assegura 36 horas de erecção ininterrupta. A cirurgia é simples e sem risco. O único problema é que a cabeça do pau acende e fica piscando como se fosse uma ambulância, o que tem provocado nas mulheres mais risos do que excitação.
O meu corpo está quente
Estou molhada
Pensando em ti...
toco-me
Provoca-me...
Agarra-me.
Leva-me contigo, beija-me.
Percorre caminhos tortuosos com a tua língua, desenha estradas,
arquitecta castelos e toma-os...
Leva-me...
Se te disser "não",
não oiças... contraria-me...
É tão bom entrar neste jogo,
em que eu finjo que não queres,
e tu finges que me obrigas...
Vamos fingir, assim, um amor que existe,
Sem que tu o saibas,
Antes que a noite se acabe...
Pensando em ti....
com o corpo quente...
húmida...
toco-me...
Pensando em ti
treme-me o corpo
arde-me o peito
desesperam os meus lábios
pelo teu beijo
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